16/10/13
Em relação à proposta do deputado
Washington Reis (PMDB-RJ), comandada por Marco Feliciano (PSC-SP) e a bancada
evangélica.
[Obs.: esta proposta é a favor da
discriminação exercida por líderes religiosos e permite que os mesmos empeçam a
participação de homossexuais em igrejas e templos, alterando o Artigo 20 da Lei
7.716 de 1986, que penaliza a prática de descriminação e preconceito].
“Infelizmente a religião (cristã,
neste caso) ainda é ponto de partida e de embasamento para propostas de leis
que conseguem ser analisadas e votadas em tempo recorde.
Enquanto religiosos assim ainda
se utilizarem de “ensinamentos e tradições religiosas” para conduzir a
sociedade, o preconceito, o racismo, a discriminação, o machismo e o sexismo
ainda existirão, e de maneira cada vez mais forte, buscando influências
políticas.
Muitos deles condenam, como esta
nova proposta de lei de veto, a prática homossexual e a presença de homossexuais
em igrejas e templos; mas, para a prática de corrupção, envolvimento com o
narcotráfico, prática de pedofilia, estelionato, entre outras coisas, as portas
estão sempre aberas e parecem não ser negativas às morais ditas religiosas.
Afirmar, agora com esta proposta
que tira do líder religioso a “culpa” pelo preconceito direcionado a quem quer
que seja, que pessoas podem ser excluídas das igrejas e de seus cultos e
impedidas de praticar a religião socialmente por conta de sua sexualidade, é o
mesmo que continuar afirmando que as coisas são como são porque deus quis
assim. Então, quem será julgado e/ou punido, processado ou culpado da prática
de preconceito, se a base para tal atitude está construída em mitologia e
folclore religioso?
Caso a resposta seja mesmo a
religião como forma de embasamento e argumentação para crimes sociais, então
teremos que desconsiderar e desculpar familiares pelos assassinatos cometidos
contra seus próprios parentes, mães e pais que matam seus filhos, massacres,
infanticídio, violência contra as mulheres, entre outros crimes bárbaros que
podem ser baseados em registros e tradições “interpretadas” religiosamente.
Afinal, nossa vida é pautada por
leis sérias, governamentais, construídas pelo processo democrático de direito,
ou por regras oriundas de pastores, padres e outros supostos mensageiros de
deus, que tomam como corretas apenas as suas próprias interpretações sobre a
existência do ser humano”?
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