(abertura)
A maioria diz que “as coisas estão mudando”, que “tudo está ficando
melhor”. Mas, será mesmo? Onde as coisas estão mudando? Será que só eu não
estou percebendo? Outros dizem: “as mulheres estão crescendo cada vez mais no
mercado de trabalho, nas indústrias, no cinema, no comércio...”. Mas, será
mesmo? Onde estão todas estas mulheres? Será que só eu não estou percebendo?
Se elas estão crescendo cada vez mais no mundo, ascendendo dia após dia
em posições que antes não ocupavam, sendo mais respeitadas e inclusas na
sociedade de forma geral, então, porque tenho a contínua sensação de que as
mulheres ainda são a minoria, e fortemente desrespeitadas pela sociedade?
Tudo o que eu vejo são bundas cada dia mais nuas, a supervalorização da mulher-bunda, a mulher-corpo. Tudo o que vejo em relação a outros postos de trabalho, com a suposta valorização da mulher intelectualizada, são mulheres menosprezadas por equipes, colegas de trabalho e chefes, que subjugam seus valores e suas capacidades, como alguém que está ali apenas para cumprir cota, ser mais sugestionável, controlada, discursando pela suas costas que suas funções e capacidades não vão muito além da esfera biológica de sujeitar-se ao sexo e gerar filhos, e o tradicionalismo social machista sexista de que a mulher serve apenas para o meio familiar, de boca fechada e pernas abertas.
(continua na Parte I)
Obs: Os textos "Mulher: A Maior Minoria" e "O Amor Está Morto", fazem parte do livro "O Céu está em Chamas" - Marco Buzetto
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